quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Campanha e Eleições 2009 (3)

Por falar tanto na CDu já consigo ver alguns comunistas a salivarem de raiva sobre o teclado. Desenganem-se sobre a minha veia anti-marxista. Estão longe da verdade. Já aqui o referi mas volto a repescar a memória. Não tenho qualquer tipo de veia partidária a correr em mim. Apenas navego do lado esquerdo da margem política.

A propósito da associação "Os Quatro Cantos do Cisne". Foi aqui que começaram as verdadeiras e mais radicais hostilidades entre PS e CDU. A associação é um motor de desenvolvimento do concelho e deve manter-se como tal. O seu pujante crescimento terá a ver com o trabalho e empenho dos seus colaboradores e profissionais. É preciso uma associação assim, com iniciativa, com espírito empreendedor. As irregularidades apontadas por Rui Pires à conduta dos membros da associação levantam suspeitas graves que devem ser atendidas com uma minuciosa investigação, tanto moral como legal. Conheço, pouco, o presidente da associação, Daniel, mas conheço muitas outras que com ele trabalham. Ao mesmo tempo que acredito que trabalhem e tenham trabalhado para um desenvolvimento positivo do concelho também acredito que estejam envolvidos em situações criadas por alguma inexperiência pessoal e entusiasmo político. A teia de relações criada no concelho a isso leva, um passo em falso a seguir ao outro enquanto as teias em redor não deixam vislumbrar o abismo. O acordo que tentaram fazer com Rui Pires pode dar a ideia de assunção de culpa. Pelo que entendi do que li e falei com algumas pessoas com conhecimento "popular" da matéria o que está em causa são ilegalidades nas assembleias e no não acolhimento por parte da direcção dos pedidos de análise de actas entre outros papéis da parte de Rui Pires. Há, claro outras situações, mas o que importa aqui é dissecar a conduta das partes. A ser verdade, os membros da associação não têm qualquer fundamento moral e ético para se manterem na direcção e devem afastar-se ou serem afastados legalmente. A ser falso,a conduta agressiva de Pires deve ser dissecada por todos, principalmente ele próprio.
O facto é que este assunto transbordou para a campanha e foi centro nevrálgico no tornado de críticas e acusações que se seguiram, relegando o real valor das propostas para segundo ou até terceiro plano. Rui Pires sai da CDU em conflito e muda de barricada. Vira-se imediatamente contra os membros da associação que o próprio fundara. Com toda ou nenhuma razão. Não sei se é muito normal onde vive a vossa consciência mas onde a minha vive nunca o será. A título pessoal, aparentemente, Pires começa numa contenda criativa e, por certo, trabalhosa e cheia de minúcia em que publica vários artigos online e põe a circular um artigo extenso em que se defende, acusa e esgrime, qual voz solitária as ideias da sua ex-barricada. No entanto, solitária nunca pode ser o termo... Há aqui algo que não sei se foi programado pelos membros do PS mas que julgo ter prejudicado a candidatura de Margarida Veríssimo. A colagem ao PS é evidente e expressa de forma pragmática e objectiva nas suas palavras, falando em nome do partido e, automaticamente, envolvendo todas as pessoas em sua representação. Isto fez com que roubasse protagonismo à candidata e até com que desse uma imagem negativa à candidatura. O concelho faz-se de pessoas simples e muitas delas não terão gostado de tais acções. esta é a minha opinião pessoal.

Atalha-se mais uma vez e o resultado continua empatado.

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